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INFRAESTRUTURA

  • Foto do escritor: Minuzzi Design
    Minuzzi Design
  • 24 de jul.
  • 7 min de leitura

O que é infraestrutura

Infraestrutura é definida como os sistemas físicos básicos de uma empresa, região ou nação e frequentemente envolve a produção de bens e serviços públicos ou processos de produção.

 

Exemplos de infraestrutura incluem sistemas de transporte, redes de comunicação, esgoto, água, habitação, sistemas escolares e de saúde, entre outros.

 

Investimentos em infraestrutura são normalmente caros em função da demanda de capital intensivo. Porém, são vitais para o desenvolvimento econômico e a prosperidade de uma região. Projetos relacionados a melhorias de infraestrutura podem ser financiados com recursos públicos, privados ou por uma combinação entre eles, as chamadas parcerias público-privadas.

 

Compreendendo a Infraestrutura

Infraestrutura pode ser  compreendida como sendo a base sobre a economia acontece.

 

O termo infraestrutura surgiu no final da década de 1880, derivado do francês, com infra significando abaixo e estrutura significando construção.

 

Infraestrutura inclui uma variedade de sistemas e estruturas onde componentes físicos são necessários, como a rede elétrica, de água e saneamento ou de transportes em uma cidade, estado ou país. Embora as instalações, equipamentos ou ativos físicos semelhantes, como pontes e rodovias, sejam essenciais para uma economia, a infraestrutura também permite que os cidadãos participem da comunidade social e econômica e lhes forneça necessidades como alimentos e água.

 

Como a infraestrutura frequentemente envolve a produção de bens públicos ou bens que se prestam à produção, é comum observar-se o financiamento, controle, supervisão ou regulamentação pública da infraestrutura. Isso geralmente assume a forma de produção governamental direta ou produção por uma entidade rigorosamente regulamentada e legalmente sancionada.

 

Por vezes, empresas privadas optam por investir no desenvolvimento da infraestrutura de um país como parte de um esforço de expansão de negócios. Por exemplo, uma empresa de energia pode construir oleodutos e ferrovias em um país onde deseja refinar petróleo, e esse investimento pode beneficiar tanto a empresa quanto o país.

 

Pessoas físicas também podem optar por financiar melhorias em certas peças da infraestrutura pública. Por exemplo, uma pessoa física pode financiar melhorias em hospitais, escolas ou esforços locais de aplicação da lei, ou pode também participar dos mercados de debêntures e  bolsas de valores.

 

Tipos de Infraestrutura

A infraestrutura é frequentemente categorizada como rígida ou flexível. Infraestrutura rígida é o conjunto físico tangível de estruturas como rodovias, pontes, túneis e ferrovias. Infraestrutura flexível são os serviços necessários para manter as necessidades econômicas, de saúde e sociais de uma população.

 

Infraestrutura rígida

Infraestrutura rígida é o sistema físico necessário para administrar uma nação moderna e industrializada. Exemplos incluem rodovias e pontes, bem como os ativos necessários para torná-las operacionais, como ônibus de transporte público, veículos e refinarias de petróleo. Sistemas técnicos, como equipamentos de rede e cabeamento, são considerados infraestrutura física e desempenham uma função crítica para dar suporte às operações comerciais.

 

Infraestrutura Leve

A infraestrutura leve representa o capital humano e as instituições necessárias para manter uma economia que presta determinados serviços à população, como saúde, instituições financeiras, órgãos governamentais, aplicação da lei e educação.

 

Os investimentos em infraestrutura leve visam a forma como as pessoas prosperam e participam da vida cotidiana.

 

CAPEX e OPEX

Capital Expenditure (CAPEX) e Operational Expenditure (OPEX) são conceitos importantes no

contexto de grandes e complexas obras de infraestrutura.

 

O setor de infraestrutura, pilar fundamental para o desenvolvimento econômico e social de qualquer nação, requer obras e projetos de grande porte. A execução de obrascomplexas, no entanto, envolve desafios significativos na gestão de custos. A gestão eficaz de CAPEX e OPEX é crucial para a viabilidade financeira e o sucesso a longo prazo desses empreendimentos.

 

CAPEX refere-se aos investimentos realizados na aquisição, melhoria ou manutenção de ativos fixos, como terrenos, edifícios, equipamentos e infraestruturas. Trata-se de despesas que geram benefícios econômicos futuros e são capitalizadas no balanço da empresa. OPEX são os custos contínuos associados à operação e manutenção diária de um ativo ou negócio, como salários, aluguel, serviços públicos e suprimentos. A correta classificação e o gerenciamento otimizado de CAPEX e OPEX são essenciais para a tomada de decisões estratégicas, a alocação de recursos e a avaliação da performance de projetos de infraestrutura.

 

A forma como a infraestrutura é mantida e financiada geralmente depende de quem a possui. O governo possui grande parte da infraestrutura de transporte, água e educação pública. A maior parte da infraestrutura é de propriedade dos governos estaduais e locais, frequentemente com apoio parcial de subsídios federais, e algumas infraestruturas podem ser totalmente privadas.

 

Além disso, existem parcerias público-privadas na manutenção da infraestrutura.

 

Project Finance

O Project Finance é uma modalidade de financiamento voltada especificamente para investimentos em empreendimentos de grande porte. Como o abatimento da dívida do projeto é feito a partir do próprio retorno da obra, o Project é indicado para infraestruturas de médio ou longo prazo.

 

O exemplo clássico de Project Finance é o Eurotúnel que conecta a Inglaterra à França por meio do Canal da Mancha. O empreendimento consistia em uma infraestrutura de grande porte, com a particularidade que envolvia recursos públicos de dois países diferentes.

 

Para tornar o processo mais fácil e eficiente, o Project Finance foi a solução. O modelo de autofinanciamento contou até mesmo com a venda de ações, tornando-se uma empreitada bem-sucedida.

 

Diferença entre Project Finance e Corporate Finance

O Corporate Finance é uma modalidade mais tradicional de investimento, em que o patrimônio líquido de determinada empresa serve de garantia para o empréstimo de recursos. No Project Finance, ao contrário, a garantia está nas receitas futuras do projeto, uma vez que não haveria capital líquido suficiente para iniciar a empreitada de outra forma.

 

Caso o projeto financiado não dê retorno, o Corporate Finance prevê que o credor deve receber o que for estipulado em contrato. Um dos métodos clássicos utilizados pelo Corporate é a venda de ações.

 

Vantagens do Project Finance

A maior eficiência do Project Finance para grandes obras e emprendimentos se dá devido a três fatores principais:

✔    Melhor definição de riscos - Para ser financiada dessa forma, a empresa responsável pelo projeto deve apresentar um projeto extremamente detalhado e realista sobre as expectativas de receitas futuras, após a concretização da empreitada. Possíveis excessos orçamentários, quantificação da produção, produtos específicos, metas e cronograma físico são alguns dos elementos que precisam fazer parte desse resumo do projeto. A razão fundamental para este cuidado é que, no Project Finance, normalmente temos uma organização privada encarregada de autorizar o financiamento. Assim, a partir dessa análise minuciosa sobre os planos da obra é possível tentar minimizar os possíveis riscos;

✔    Compartilhamento de riscos - Ainda no âmbito dos riscos, há a quantidade de instituições envolvidas no contrato. A lógica aqui é que se tivermos três diferentes entidades, por exemplo, estamos falando de três capacidades de endividamento diferentes. Quando as somamos, temos um respiro muito maior para dar vida ao projeto. Em resumo, um contrato assinado por várias empresas traz mais segurança para todos os envolvidos e para a obra em si;

✔    Maior alavancagem de recursos - Um benefício que vem da quantidade de instituições envolvidas no Project Finance é o fato do número maior de participantes tornar mais fácil a alavancagem de recursos, especialmente em comparação aos modelos tradicionais de financiamento. Como resultado, temos mais um fator que reduz o risco da obra.

 

Sociedades de Propósito Específico (SPE)

Os grandes projetos em regime de concessões e PPPs normalmente baseiam-se em sociedades de Propósito Específico (SPE), um tipo de empresa criada para desenvolver projetos específicos na área de infraestrutura, como ferrovias, portos, aeroportos, rodovias, saneamento e energia, entre outros.

 

A importância da infraestrutura para a sociedade

A infraestrutura impulsiona empresas e conecta trabalhadores a seus empregos e cidadãos a oportunidades de saúde e educação. Ela cria oportunidades dentro das comunidades e uma economia precisa de infraestrutura confiável para conectar cadeias de suprimentos e movimentar bens e serviços.

 

O cenário de infraestrutura em países como o Brasil tem se consolidado como uma alternativa cada vez mais atrativa para investimentos privados. O país vive um novo ciclo de oportunidades em infraestrutura, impulsionado por fatores como:

✔    Déficit estrutural: o país investe anualmente em infraestrutura cerca de 2% do PIB, quando a experiência internacional mostra que o necessário para modernizar e expandir os serviços básicos estaria na ordem de 4% a 5%. A lacuna é evidente em áreas essenciais como saneamento, dado que mais de 50% da população sequer possui acesso à coleta e tratamento de esgoto adequados, e transporte, visto que cerca de 67,5% das rodovias brasileiras são consideradas regulares, ruins ou péssimas.

✔    Avanços regulatórios: as últimas décadas testemunharam uma importante modernização regulatória, com novos marcos legais em setores como saneamento, energia e transporte, que aumentaram a segurança jurídica, estabilidade contratual e clareza nos mecanismos de remuneração. Nos leilões de concessões (federais e estaduais) tem havido a participação de investidores nacionais e estrangeiros, fruto de melhoria constantes nos modelos de estruturação.

✔    Visão de Estado: independentemente dos governos e ciclos políticos, tem sido observada uma continuidade das iniciativas de concessão ao setor privado. Tal se dá nos vários entes federativos (federal estadual e municipal), o que amplia o pipeline de projetos e traz previsibilidade para investidores de longo prazo.

 

O investimento em infraestrutura significa viabilizar o desenvolvimento do país. Ao financiar projetos em setores estratégicos, o capital privado contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida da população, para a geração de empregos e elevação da produtividade.

 

O resultado desses investimentos tem sido visível em diferentes áreas, significando uma mudança de paradigma. Novas redes e estações de tratamento de água e esgoto melhoram a saúde pública; rodovias com expansão de capacidade reduzem custos logísticos e salvam vidas; sistemas de geração e transmissão mais eficientes promovem segurança energética e mitigação das mudanças climáticas.

 

Ativos de infraestrutura tendem a apresentar maior resiliência e previsibilidade, mesmo em contextos de juros elevados ou desaceleração econômica, se comparados com setores mais sensíveis à volatilidade macroeconômica, como o imobiliário ou o de consumo,

 

A infraestrutura é um setor que se mostra não apenas como uma classe de ativos eficiente no que concerne a risco e retorno, mas também como alavanca para a transformação social do país.

 


 
 
 

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